Funcionários da Caixa entram em grave nesta terça (27)
A paralisação acontece parcialmente em todo o país. Cerca de 60% dos funcionários continuarão a trabalhar
Funcionários da Caixa Econômica Federal de todo o Brasil entram em greve nesta terça-feira (27). A paralisação deve acontecer por 24 horas. De acordo com o Sindicato dos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários), o objetivo é barrar a oferta pública de ações da Caixa Seguridade, garantir o pagamento integral da PLR Social e conter a antecipação dos Instrumentos Híbridos de Capital de Dívidas.
A greve, segundo o sindicato, foi definida em assembléia na última semana e teve aprovação de 64,1% dos votantes no Estado, 30,4% pelo estado de greve e 5,4% preferiram se abster.
Os funcionários que estiverem em home Office, que adotarem a paralisação, não devem logar no sistema da Caixa durante o movimento paredista. Os que estiverem trabalhando presencialmente não devem comparecer às agências.
Conforme disse Rita Lima, diretora do Sindicato e também empregada da Caixa, a venda das ações da Caixa Seguridade pavimenta o caminho para o projeto de privatização da empresa pública, um projeto “que está sendo executado de forma fatiada”. Além disso, afirma que os empregados também precisam resistir aos sistemáticos ataques que vêm sofrendo da atual gestão, como o pagamento irregular da PLR Social.
“A Caixa descumpriu o Acordo Coletivo de Trabalho para se apropriar indevidamente de 1% da PLR Social. A decisão pela greve é uma demonstração de resistência dos trabalhadores e das trabalhadoras da Caixa. Temos que dar um basta a esses ataques e dizer não à privatização da Caixa”, afirma.
Covid-19
A greve também pede por mais proteção dos funcionários contra a Covid-19, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
“A mobilização dos empregados foi motivada por uma série de ataques e por melhores condições de trabalho e de atendimento à população, por meio de mais contratações, proteção contra a Covid-19 e vacinação prioritária para os bancários”, informa.
60% dos funcionários irão trabalhar
Ainda segundo a Contraf-CUT, a Caixa Econômica judicializou o conflito trabalhista perante o Tribunal Superior do Trabalho, e conseguiu que 60% dos empregados mantenham as atividades, presencial ou remotamente.
“A Contraf acata a determinação e exige da direção da Caixa que respeite o percentual de 40% dos seus trabalhadores bancários que têm o direito constitucional de paralisar suas atividades neste dia. Além disso, a Caixa deve garantir aos bancários que trabalharão presencialmente todas as cautelas, zelo, equipamentos, cuidados e precauções determinados pela Ciência e pelas instituições afins a essa temática da saúde pública, como, ilustrativamente, a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde da República Federativa do Brasil, além das autoridades regionais e locais, onde competentes e aptas para assim atuarem”, finaliza.
O que diz a Caixa
Ao jornal ES de Fato, por meio de nota, a Caixa Econômica informou “que está realizando a maior operação de pagamento de benefícios sociais da história, com liberação do Auxílio Emergencial e Bolsa Família, além da prestação de diversos serviços essenciais.
Cabe destacar que milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade serão atendidos na rede de varejo da Caixa ao longo desta semana”.
Finalizou dizendo que a agência reforça que participa de mesa permanente de negociação com as representações sindicais.
A Caixa não explicou como fica o funcionamento das agências nesta terça.
Jornal Fato