Moradores de rua morrem em madrugada mais fria dos últimos 5 anos

Termômetros marcaram 6º C nesta quarta. Segundo o Movimento Estadual dos Moradores em Situação de Rua da cidade de São Paulo, foram 7 mortes desde terça (29), sendo 4 na madrugada desta quarta (30). Prefeitura disse que não tem como atestar as mortes.

OMovimento Estadual dos Moradores em Situação de Rua afirma que sete moradores de rua morreram na cidade de São Paulo entre esta terça e quarta-feira (30). Segundo o movimento, quatro dessas mortes ocorreram na madrugada de quarta, a mais fria dos últimos cinco anos. Os termômetros chegaram a 6º C na capital paulista.

Ainda de acordo com o movimento, três dos moradores estavam na Praça da Sé, um na Baixada do Glicério, um próximo ao Metrô Tiradentes, na região central da cidade, e dois na Barra Funda, na Zona Oeste.

Ao menos 12 pessoas morreram devido às baixas temperaturas registradas na cidade de São Paulo desde o dia 21 de junho, de acordo com o MEPSR-SP (Movimento Estadual das Pessoas em Situação de Rua).

Foram cinco óbitos na Sé, um na Baixada do Glicério, um nas proximidades do terminal Tiradentes e um no Pátio do Colégio, no centro. Além disso, houve duas mortes na Mooca, na zona leste e duas na Barra Funda, na zona oeste.

PREFEITURA

A prefeitura disse não ter como atestar as mortes citadas, já que quem determina a causa de mortes é o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), da USP, ou o Instituto Médico Legal, dois órgãos estaduais.

Já o governo de São Paulo anunciou que vai distribuir 25 mil cobertores e 25 mil sacos térmicos de dormir para moradores de rua da capital graças a uma doação da iniciativa privada de R$ 2,5 milhões. O anúncio foi feito pelo governador João Doria (PSDB) em coletiva de imprensa.

Segundo o Padre Júlio Lancelotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua, a polícia investiga a morte de um morador de rua, que foi encontrado morto na região da Sé, sem sinais de violência, na madrugada desta quarta. A causa do óbito ainda está sendo apurada, mas, de acordo com o padre, embora o exame não constasse sinais de hipotermia, havia outras doenças que podem levar a morte em função do frio, como pneumonia e parada-cardíaca.

Padre Júlio também afirma que o número de pessoas que segue nas ruas e resiste aos abrigos é alarmante e indica que o modelo de acolhimento da gestão atual não atende à essa população.

A Polícia Civil informou que não localizou registros de mortes de moradores de rua na madrugada desta quarta.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado informou na tarde desta quarta que investiga a morte de uma pessoa em situação de rua na região do Glicério, no Centro, que teria sido vítima de facadas.

 

Fonte: Folha do ES

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